04/06/2010

O ESTÉRIL


Galeria de felix.castor

Dentro da minha vida vou guardando o meu sonho
em chuviscos sutis de amor e de veneno.

O abismo me fecunda e se desfaz o encanto,
com a Dor permaneço dolorido pensando.

(Era um canto dormido
em seda triste e branda,
adormeceu no estéril desencontro dos ventos
e a vida, estilhaçada como árvore deserta,
ficou.)

Oh! como doem, doem essas dores humildes.

Pablo Neruda
In Cadernos de Temuco

2 comentários:

Maria Madalena Schuck disse...

Tão lindo, tão parecido com a vida...
Que levei para meu blog, com os devidos créditos e link é claro!
Obrigada por postares tanta beleza!
Bjs.

Dione Coppi disse...

Oh, Mada Obrigada!
Sabes o quanto gosto de Neruda,
não há necessidade de colocares o link ok? beijos