"Sombra convertida em lúmen.Palavra-carvão que, do longo sono da terra,
Acorda de repente diamante.”
Fernando José Karl
Não estarei no comboio dos suicidas,
Dos desvalidos: os sem-esperança...
Minha causa se faz como uma busca
Incansável dos sonhos impossíveis.
Neles estão contidos todos os segredos
Eternamente escondidos, como desatinos.
E nem por isso me renderei ao acaso,
Não sendo refém do meu destino.
Estarei muito além do encontro súbito
Dos fenômenos, incompreensíveis,
Sendo que ocultam nossos pensamentos,
Deixando-os em lugares indefinidos.
Fomos, senão, apenas como lírios
ao relento... sendo meros sobreviventes
Postos inesperadamente aos ventos,
Sem nos perceber, à mercê da sorte.
Sendo o que fica realmente...
Apenas os polens a flutuar:
E viramos sementes, em busca
Do solo fértil novamente.
Luís A.Rosseto de Oliveira
In Solitude
tela Ana Luisa Kamiski
tela Ana Luisa Kamiski
2 comentários:
Lindo,
...mesmo se nem todos os solos são ferteis
e a sorte não nos acompanhar
esta definido nos nossos genes
que não devemos renunciar.
Uma verdadeira incitação à meditação sobre a vida que "é tão curta" como a da borboleta.
Obrigada
Naria
Muito obrigado pela gentileza de ler e pelas belas observações Bjs������
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