16/08/2010

SONETO DE NINAR




























Dorme, oceano.
Minha canção te embala
na treva lacerada
pelas constelações.

Dorme, doce terra impura.
Minha canção te cinge,
leve gesto de amor
na escuridão.

Dorme, vento
que surprende as árvores
no ar.

Durmam até as pedras
repousadas e felizes
em seu sono de pedra.

Lêdo Ivo
In Crepúsculo Civil
tela by Paul Evans

Nenhum comentário: