15/11/2010

O INEXISTENTE



Nestes dias vindouros, onde o tempo
Ainda não ousou nos possuir.
Sendo a matéria apenas uma ilusão,
Teimosamente, tentando existir.
Tendo a vida não ainda concebida:
Como um singelo poema nunca lido.

A vida... Este mistério profundo.
Como o buquê de um vinho raro
Somente apreciado pelos deuses
(Guardado num canto esquecido),
Sabemos a existência do seu eterno aroma
Porém, nunca será intensamente sentido.

Posto como cálidas esperanças
Como num dia, preparando o futuro,
E que nunca serão possivelmente vividos,
Ou quem dera, nunca deveriam ter sido.
Restando somente a tola saudade:
O presente sem o agora não existe.

Luís A.Rossetto de Oliveira
foto de  doug88888 no Flickr

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