No ubíquo mar da minha inveja
nadam e surfam jovens seminus
Na pele espelho, o sol imprime ouros.
Montando águas, potros luzidios
empinam ondas.
Sobem na tensão
turbando arcos verdes de cristal.
Se lançam:
setas ávidas de vida
rasgando espumas.
Ícaros do mar
se escondem.
Pumas
se embrenhando em ventres
vão grafitando nomes de água e sal.
Ressurgem
lassos de êxtases
de espasmos
mas já buscando a volta, o renovar.
No horizonte vagas perfeições
formam volumes, planos e apelos.
No leito seda,
as curvas destruídas,
em letargia,
afagam pés que fogem.
São deuses.
Deuses alheios ao meu mau olhar.
Ana Elisa Viana Mercadante
tela deHenry Scott Tuke
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