07/08/2011

AMOR VEGETAL




Não creio que as árvores
fiquem em pé, em solidão, durante a noite.
Elas se amam. E  entre as ramagens e raízes 
se entreabrem em copas
com carícias extensivas.
Quando amanhece,
não é o cantar de pássaro que pousa em meus ouvidos
mas o que restou na aurora
de seu agrestes gemidos.

Affonso R.de Sant'Anna
tela Matteo Arfanotti

Um comentário:

Luiza França disse...

Bela poesia. Aquece a alma.

Xero