Na calma das moringas
não se perde o rio.
Na água em repouso
ainda sonha o frio
da alma que flui,
espuma, ou voa ( quando
se lança no vazio).
Da calma das moringas,
a alma do rio
vem nos saciar
a cada gole frio.
Que se torna cálido
ao tocar a alma
que aguardava o rio.
Na alma das moringas,
o que sonha é o rio.
Na água que dorme
na calma do frio.
Água que nos traz ,
ao corpo e à alma,
o sonho do rio.
Ruy Espinheira Filho
In Elegia de Agosto
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