26/10/2011

ESFINGE


Revesti-me de mistério
Por ser frágil,
Pois bem sei que decifrar-me
É destruir-me.
No fundo não me importa
O enigma que proponho.
Por ser mulher e pássaro
E leoa,
Tendo forjado em aço
Minhas garras,
É que se espantam
E se apavoram.
Não me exalto.
Sei que virá o dia das respostas
E profetizo-me clara e desarmada.
E por saber que a morte
É a última chave,
Adivinho-me nas vítimas
Que estraçalho.

Myriam Fraga
Tela Gustave Moreau

Um comentário:

Maria José Speglich disse...

Vc sempre traz poetas novos aqui.
Parabéns.


Por favor:

Vote na enquete do meu blog

http://speglich.blogspot.com/


Obrigada.