Há dias de se acordar tão feminina!
Gata,sereia,bailarina,
sedas,laços e batom.
O corpo é doce, o beijo é bom,
a vida é orquestra; eu, maestrina.
É dia de viver celeremente.
Antes que o encanto rache
ou que o ciclone aumente,
lavo-me em mel e purpurina.
Mas toca o telefone, a flauta desafina,
e eu visto a couraça novamente.
Flora Figueiredo
In O Trem que Traz a Noite
Imagem Rüdiger Poborsky
Nenhum comentário:
Postar um comentário