O que sou
vem do universo.
Perseguido por estrelas
e perdidos astros,
todo eu sou queda.
A Deus tive acesso
por montanhas resgatadas
ao fundo do mar.
Transumância ancestral:
na bagagem o vento
e o astral.
Mistérios a renovar montanhas
e a vontade de chegar.
Tensos os caminhos
por terra desbravada.
Nos oceanos a estrada,
o vento, o veleiro, e a vela.
O corpo inteiro da alma navegada
e o mar por detrás de seu receio.
E cheguei a Deus
a seu rosto
e a mim vagante.
E me encontrei
ao sol posto.
Lisboa, Portugal, 19/08/1999
Ruy Alvim
In Diário Interrompido
foto Mundifari
Nenhum comentário:
Postar um comentário