Coração magoado,
é justo que esperes
Se foi bom o dia
e te trouxe o fruto
não te desesperes.
Coração aflito,
que a noite gelou.
Se é espessa de sol,
a manhã, e morna
(e o sonho é finito) –
prepara o teu voo.
Coração aceso
de uma estranha chama.
Bate compassado,
pois o vento é breve;
se, intenso e surpreso,
o esforço te chama,
não te desesperes:
bate decidido. –
Na manhã tão lúcida,
tão de primavera,
é justo que esperes,
que
faças sentido.
Renato Sutana
foto por Gregor Halbwedl
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