Asas no azul – melhor não
merecê-las,
melhor não açular tal
confusão,
nem desejar a fímbria das
estrelas,
nem querer as vertigens da
amplidão.
Melhor ficar em casa sem
sofrê-las,
longe da mágoa em que
redundarão
as angústias exaustas de
perdê-las
quando estourar a fúria do
tufão.
Asas na luz – melhor não
cultivá-las,
nem o prazer senil de
cobiçá-las,
havendo sempre inverno após o
outono:
e desistir do voo e da
afoiteza,
e aniquilar os sonhos de
grandeza
num círculo de pasmo, queda e
sono.
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