Um eu ficou no mar
aprisionado
E deixou-me por pés as
nadadeiras;
Outro ficou nas nuvens
caminheiras,
Por isso bato os braços no
ar parado.
Um eu partiu menino
ensimesmado
E ofertou-me palavras
verdadeiras,
Outro amou suas sombras
companheiras,
Outro foi só, e um outro de
cansado
Caminhou pelos becos. Há
também
Aqueles que ficaram na
poesia,
Nos bares, na rotina, o eu
do bem,
Do mal, o herói, o trágico,
o esquecido.
Eu gerado por mim na
liturgia
De um todo para tantos
dividido!
Paulo Bomfim
In Veredas da Língua Blogspot
tela Duy huyhn
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