19/08/2012

DIA DE HOJE




Ó dia de hoje, ó dia de horas claras
florindo nas ondas, cantando nas florestas,
no teu ar brilham transparentes festas
E o fantasma das maravilhas raras
visita, uma por uma, as tuas horas
Em que há por vezes súbitas demoras
Plenas como as pausas dum verso

Ó dia de hoje, ó dia de horas leves
Bailando na doçura
e na amargura
De serem perfeitas e de serem breves

Sophia de Mello Breyner Andresen
tela Laurent Percelier  

Nenhum comentário: