30/12/2012

ENQUANTO OS MAIS MEDITAM!




Deito o olhar dentre  as trevas e vejo a noite
desdobrar o seu manto constelado;
e a linha do horizonte enevoado
desdobrar-se p'la Dor de rude açoite...

O vento e o mar dramáticos investem 
contra as fráguas: é a vida, a fúria humana!...
e fecham o grande círculo de insana
luta dos elementos, com  que vestem

A  órbita do mundo sem poesia,
que decresce p'lo Tédio dia a dia...
e, a gente sente indômita saudade!...

De voltar ao inerte e a frágua dura,
diante da "Eterna Aurora" sem ventura
Que se resume em lama das vaidades!...

Ernani Rosas
In História do Gosto e Outros Poemas
tela Thomas Moran

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