Quando as violetas florescem vividas,
meu corpo quem abraçará de nadas
liberto pra sempre à matéria exígua,
de encantos cárcere, ave, asas podadas?
Quando as violetas florescem cores
por sobre a terra de carne adubada,
por que sololhos mirarei de amores
tua face, forte-forma, minha amada?
Já levo em mim, vivo fetais saudades
dos que amei, dos que amarei, meus portos
onde ancorei meu ser de sóis-eus mortos.
Já levioleta em mar de realidade:
Às pedras,ex-extrelas,destinado.
Meu rosto vasto pelo teu povoado.
Vicente Cechelero
In A Língua das Sombras
tela Anna's African Violets,
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