Pernoitas em mim
pernoitas em mim
e se por acaso te toco a memória...
amas ou finges morrer
pressinto o aroma luminoso dos fogos
escuto o rumor da terra molhada
a fala queimada das estrelas
é noite ainda
o corpo ausente instala-se vagarosamente
envelheço com a nómada solidão das aves
já não possuo a brancura oculta das palavras
e nenhum lume irrompe para beberes
Al Berto
In Rumor dos fogos
Site Portal da literatura
tela Vicent Van Gogh
Um comentário:
Que bela poesia.Parabéns pela escolha.Encantaste-me.Na suavidade dos versos os sentimentos vieram aos jorros e exteriorizaram a beleza.
Felicidades, sempre.Bjs Eloah
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