28/01/2014

ENTRE POLOS




Há uma luz que incide em nossos corpos,
às vezes vaga, às vezes lume,
às vezes arco que constela de cores
as vias tortuosas de nossa estrada. 
Se enfrentei os mastodontes da noite
e minha armadura, ainda assim, 
revestiu-se de nada, eu me rendo:
esta luz que oscila entre nossos polos,
ora magra, ora vasta, é ganho, é graça -

desenha-me um azul no glaciar da alma
e me retrata. 


 Fernando Campanella
In blog Palavreares
arte Leonid Afremov
 

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