De noite passarinho é órfão
para voar. Não enxerga
nem o pai das vacas
nem o adágio dos arroios.
Seu olho de ovo emaranha com folhas.
No escuro não sabe medir direção e trompa nos paus.
Passarinho é poeta de arrebol.
Manoel de Barros
In Poesia Completa
arte Zou Chuan
Nenhum comentário:
Postar um comentário