Teu rosto é o íntimo da hora
mais solitária e perdida,
que surge como afastar-se
de ramos, brando, na noite.
Não choro tua partida.
Não choro tua viagem
imprevista e sem aviso.
Mas o fechar-se da flor
noturna do teu sorriso.
O não saber que paisagens
enchem teus olhos de agora,
e este intervalo na vida,
esta tua larga, triste,
definitiva demora.
Marly de Oliveira
de Cerco da Primavera
arte Elzbieta Brozek
Nenhum comentário:
Postar um comentário