22/09/2009


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SEM SOLUÇÃO

Como não pude aprender algo
para chegar a ser alguém,
eu me dedico a bancar o escritor
para matar tempo.

Distração de loucos,
ofício de famintos,
disseram-me uma vez.

Outros correm,
invertem o dia
fazendo dinheiro.

Eu faço poesia.

Para que serve poesia?

Sabe-se lá.

Humberto Ak'abal,
In Tecedor de Palavras

2 comentários:

Fernando Campanella disse...

Gosto muito do Ak'abal, Dione. Lindo este poema. Bjos.

Dione Coppi disse...

Boa noite,querido amigo, também gosto muito deste poeta-índio.
Obrigada pela visita...bjs