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SEM SOLUÇÃO
Como não pude aprender algo
para chegar a ser alguém,
eu me dedico a bancar o escritor
para matar tempo.
Distração de loucos,
ofício de famintos,
disseram-me uma vez.
Outros correm,
invertem o dia
fazendo dinheiro.
Eu faço poesia.
Para que serve poesia?
Sabe-se lá.
Humberto Ak'abal,
In Tecedor de Palavras
2 comentários:
Gosto muito do Ak'abal, Dione. Lindo este poema. Bjos.
Boa noite,querido amigo, também gosto muito deste poeta-índio.
Obrigada pela visita...bjs
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